O Fenómeno do Corpo Perdido por Gisela Pankov


Gostaria de apresentar aqui o fenómeno do corpo perdido, essa possibilidade de abandonar o próprio corpo para procurar refúgio noutras maneiras de ser. (...)

A pessoa sã pode (...) abandonar o seu corpo, em situações extremas; quer isto dizer que pode transformar o "vivido" ao ponto de deixar de se sentir bem dentro do seu corpo. Podem testemunhar este fenómeno de abandono do corpo, em pessoas sãs, as anotações de Jean Cayrol, depois de ter permanecido num campo de concentração na Alemanha. "O prisioneiro nunca estava onde lhe batiam, onde o faziam alimentar-se, onde trabalhava". Cayrol tinha já escrito anteriormente: "Ultrapassava-se a tortura; assim que espancavam num campo, o corpo era sacrificado, próprio para pôr de lado".

A salvação perante esta ameça extrema, está em "sacrificar" o corpo e que este seja tratado como mercadoria de refugo. Cayrol chega a dizer: "Assim neste clima espantosamente transfigurado, desencarnado, o corpo era negado..." Se o prisioneiro "não estava nunca onde era espancado" e se o "corpo era sacrificado" trata-se de saber onde ele está, dado que deixou de habitar o seu corpo. Escutemos Cayrol: "O que muitas vezes aguentava o prisioneiro era essa faculdade única de desadaptação à situação actual; a sua força e resistência chegavam a tornar-se extraordinárias, porque no momento em que eram humilhados, surgia subitamente a velha macieira da sua infância ou a atitude medrosa do seu cão; arrimava-se a uma pobre imagem, uma oração, um segredo, e aguentava".

Noutra passagem Cayrol chama a esta capacidade que possui o prisioneiro de fugir à situação presente "um sistema de defesa do seu subconsciente". O homem pode assim renegar o corpo que é espancado e refugiar-se num outro mundo; trata-se da possibilidade de uma outra maneira de ser, do acesso a outra forma de existência. Não são projectos do futuro que lhe permitem salvar-se perante situações ameaçadoras em que qualquer defesa é impossível; pelo contrário, Cayrol mostra que os prisioneiros que faziam planos para o futuro, por exemplo, construir uma garagem ou uma casa, morriam. Não se trata, pois, de uma evasão no tempo que há-de vir. No campo de concentração não há futuro, deixa de haver tempo que há-de chegar. Cayrol fala num sítio de tempo deportado. Não, não se trata de uma evasão numa outra maneira de ser. A velha macieira do jardim surge subitamente perante os olhos do prisioneiro e esse mundo da macieira impõe-se com tal força que só ele existe, e não mais o corpo que é espancado. O prisioneiro pode assim encontrar-se fora do seu corpo. À pergunta inicialmente feita "onde está o prisioneiro?", já que deixou de estar no seu corpo? ajuda-nos Cayrol a responder: na velha macieira do seu jardim.

Sem esta possibilidade de se abrir a uma outra maneira de ser, a existência humana deixaria de ser suportável. (in O Homem e a sua Psicose, Gisela Pankov)

A Fala do Corpo por Clarissa Pinkola Estés

Minha amiga Opalanga, uma griot, contadora de histórias, afro-americana, e eu costumamos contar em conjunto uma história chamada "A fala do corpo" que trata da descoberta de bençãos ancestrais dos nossos parentes. (...) Enquanto estamos contando juntas nossas histórias sobre o corpo, Opalanga e eu falamos dos golpes e flechadas que recebemos durante a vida inteira porque, de acordo com os Outros, com letra maiúscula, aos nossos corpos faltava algo ou sobrava algo. Nós duas consideramos que a outra tem uma aparência misteriosa tão bela que como pôde alguém pensar o contrário?

Extrair grande prazer de um mundo repleto de muitas espécies de beleza é uma alegria na vida à qual todas as mulheres fazem jus. Defender apenas um tipo de beleza é, de certo modo, não respeitar a natureza. Não pode haver apenas um tipo de ave canora, apenas uma variedade de pinheiro, apenas uma qualidade de lobo. Não pode haver apenas um tipo de bebé, de homem ou de mulher. Não pode haver apenas um formato de seio, de cintura, um tipo de pele.

Embora sejam verdadeiras e trágicas as perturbações da alimentação compulsiva e destrutiva que deformam as dimensões do corpo, elas não são a norma na maioria das mulheres. É mais provável que as mulheres que são grandes ou pequenas, largas ou estreitas, altas ou baixas, sejam assim simplesmente por terem herdado a configuração corporal dos seus parentes; se não dos seus parentes imediatos, então de uma geração ou duas no passado. Difamar ou julgar o físico herdado de uma mulher é criar gerações e mais gerações de mulheres ansiosas e neuróticas. As críticas destrutivas e desdenhosas a respeito da forma herdada de uma mulher privam-na de diversos tesouros psicológicos e espirituais preciosos e de vital importância. Privam-na do orgulho pelo tipo de corpo que lhe foi transmitido por linhagens de antepassados. Se lhe ensinarem a rejeitar a herança física, ela será imediatamente desvinculada da sua identidade corporal feminina com o resto da família. Se lhe ensinarem a detestar o próprio corpo, como poderá ela amar o corpo da mãe, que tem a mesma estrutura que o seu? - ou o corpo da avó, ou das suas filhas também? Como poderá ela amar os corpos de outras mulheres (e homens) próximas a ela que tiverem herdado o corpo dos mesmos antepassados? (...)

Esse estímulo a que a mulher comece a tentar esculpir o próprio corpo é extraordinariamente semelhante ao processo de escavar a própria terra, queimá-la, descascar suas camadas, desnudá-la até aos ossos. Onde exista uma ferida nas psiques e nos corpos das mulheres, existe uma ferida correspondente no mesmo local na própria cultura e, finalmente, na própria natureza. Numa psicologia de carácter holístico, todos os universos são interpretados como interdependentes, não como entidades autónomas. Não é de espantar que na nossa cultura coexistam a questão de esculpir o corpo natural da mulher, a questão correlata de entalhar a paisagem e ainda a de retalhar a cultura em partes que estejam na moda. Apesar de uma mulher não ter condição de parar a dissecação da cultura e das terras da noite para o dia, ela tem condição de interromper esse processo no seu próprio corpo. (...)

Uma mulher não pode tornar a cultura mais consciente apenas com a ordem de que se transforme. Ela pode, no entanto, mudar sua própria atitude para consigo mesma, fazendo com que projecções desvalorizadoras simplesmente ricocheteiem. Isso ela consegue ao resgatar o seu corpo. Ao não renunciar à alegria do seu corpo natural, ao não "comprar" a ilusão popular de que a felicidade só é concedida àqueles de uma certa configuração ou idade, ao não esperar nem se abster de nada e ao reassumir sua vida verdadeira a plenos pulmões, ela consegue interromper o processo. Essa dinâmica do amor-próprio e da aceitação de si mesma são o que dá início à mudança de atitudes na cultura. (in Mulheres que Correm com os Lobos, Clarissa Pinkola Estés)

O Ventre por Irene Gaeta Arcuri



Hara - o centro. Os yogues costumam chamar esta região de plexo, que significa centro das emoções. Também para as tribos africanas o centro das emoções se localiza na barriga (veja o que você sente quando leva um susto!).

Leloup considera o ventre importante, pois nele encontramos algumas dificuldades sentidas no relacionamento entre pai e mãe. É como se a nossa digestão se reportasse a essa relação. É um local de grandes transformações, o local da digestão! Local da gestação, portanto, local da vida! O desejo de viver pode ser também expresso na digestão, ou seja, a ingestão do alimento, a assimilação dos materiais benéficos contidos na alimentação bem como a expulsão dos materiais indigeríveis. Em contrapartida, nos casos depressivos, na anorexia existe uma negação à vida e, portanto, uma recusa à alimentação e à transformação que ela proporciona.

Existem várias formas de fome, por exemplo, a "fome de amor" que, às vezes pode ser traduzida por uma necessidade de doces. Quem nunca ouviu a comparação que se faz entre "amor e doçura". Claro, há uma explicação biológica, porque a glicose, além de ser combustível para os neurónios, estimula a produção de serotonina e endorfina, neurotransmissores que regulam as sensações de bem-estar e prazer. Então dá para entender por que durante as crises depressivas na TPM (tensão pré-menstrual) as mulheres têm uma grande vontade de comer doces.

Nos diabéticos há um amargor pela vida. Pensando um pouco no simbolismo do alimento: se açúcar é amor, diríamos que o diabético sofre de "diarreia de açúcar", pois ao mesmo tempo em que há necessidade de açúcar, também há uma incapacidade (falta de insulina) de assimilar o açúcar contido nos alimentos.

Dethlefsen e Dalke delinearam o problema dos diabéticos: por trás da incapacidade de assimilar açúcar, introduzindo-o nas próprias células, está o inconfesso desejo de realização amorosa, ao lado da incapacidade tanto de aceitar o amor como de entregar-se a ele. Os sentimentos também podem manifestar-se no intestino delgado, por exemplo, nas questões relacionadas aos medos. Como o medo pode estar relacionado à limitação e ao apego, a diarreia aparece justamente para deixar ir ou para ensinar o desapego.

No intestino grosso, onde a digestão se encerra, o distúrbio mais comum é a prisão de ventre. A psicanálise interpreta a defecação como o ato de doação e de generosidade. No caso da prisão de ventre podemos estar a falar de avareza, da dificuldade de desapegar-se de coisas materiais ou de conteúdos do inconsciente, é como se quiséssemos esconder tudo!

Para descobrir a vida secreta do ventre devemos perguntar-nos: temos alguém no estômago? O que não digerimos? O que não aceitamos? O que não conseguimos perdoar? Quando estamos nervosos (por ter de fazer um exame, por exemplo), quando perdemos alguém que amamos (morte) não conseguimos perdoar! O perdão liberta não a quem nos fez mal de alguma forma, mas liberta a nós mesmos da prisão em que nos fechamos a odiar alguém!
(in Arteterapia e o Corpo Secreto: Técnicas Expressivas Coligadas ao Trabalho Corporal)

Fotografias

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Para ver fotografias do último workshop de Dynamic Theatre com Mark Wentworth e workshop de Dançaterapia, Os Sete Véus - 3º Chakra, com Silvana Pedrazzi e Mariana Ferreira. Ir ao link do flickr, procurar em people por marianaferreira. Enjoy!

O Corpo em Terapia por Silvana Pedrazzi

Muitas pessoas desconhecem que através do corpo podem chegar às partes mais profundas da sua mente. Este lugar, também chamado de inconsciente, pode ser tranquilamente alcançado por técnicas e actividades corporais de cunho terapêutico. Para as pessoas mais sensíveis, uma aula de pilates, yoga, relaxamento ou meditação, por exemplo, pode ser suficiente para que se dê, tanto um bem-estar físico, como uma sensação de harmonia entre corpo, mente e espírito.

E porque é que isto acontece? Hoje em dia já está mais que visto que a nossa mente e o nosso corpo funcionam como um organismo integral, ou seja, a nossa mente encontra-se presente por todo o nosso corpo e vice-versa. A psicologia psicossomática, fundamentada nesta ideia, considera a doença como perda de um estado de harmonia ou ainda a perturbação de uma ordem mantida em equilíbrio até então, e que no corpo ela apenas se revela. Por conseguinte, o corpo é o veículo da manifestação ou da realização de todos os processos e intercâmbios que se produzem na consciência. Isto explica porque é que quando estamos numa actividade física onde se trabalha o corpo de uma forma consciente, ou seja, na qual se convida o aluno a se auto-conhecer e se apropriar do seu corpo, sentindo as suas potencialidades e limitações, essa pessoa consequentemente aproxima-se de si, podendo assim receber algumas mensagens sobre si próprio, não só no que diz respeito àquele momento da actividade mas também em algo que se passa na sua vida fora dessa actividade.

O grande bailarino Klaus Viana, escreveu um comentário sobre este fenómeno. Ele disse que se soubesse há mais tempo que para conseguir realizar um passo em sua perfeição muitas vezes era necessário resolver algo fora do estúdio teria economizado bastante tempo e esforços, para além de algumas quedas.

Porém, muitas vezes, os sinais do nosso corpo passam-nos despercebidos e transformam-se em sintoma, que pode manifestar-se de inúmeras formas (dores nas costas, dores de cabeça, úlceras, alergias, etc...) e que são uma expressão da perda de harmonia entre corpo e mente, de um desequilíbrio. Na maioria das vezes corremos ao médico, e não é incomum que saiamos do consultório surpresos quando nos dizem que os exames não apontam nada ou que, pelo contrário, o tratamento proposto acabou por não resultar. Sendo o corpo o veículo de manifestação de todos os processos que se produzem na consciência, podemos concluir que se uma pessoa padece de um desequilíbrio na consciência, este manifestar-se-á pelo corpo todo. É incorrecto dizer então que só o corpo está doente pois apenas o ser-humano pode estar doente, por muito que este estado de doença se manifeste no corpo enquanto sintoma.

É desta forma que as psicoterapias podem ser uma grande ajuda para melhor compreendermos o que ocorre connosco e descobrirmos como podemos nos ajudar para uma melhora rápida e eficaz Possibilitam que qualquer pessoa possa dividir, compreender e tratar uma dor ou um sintoma físico que há muito tempo o incomoda e que lhe tira o prazer de viver. O único desafio é o de permitir-se cuidar e amar a si próprio!

Gostaria apenas de esclarecer que existem varias formas e abordagens nas psicoterapias, é necessário que a pessoa escolha o profissional ou a “técnica” com a qual mais se identifique. No caso de uma psicoterapia de abordagem corporal, o paciente é auxiliado a fazer o seu processo de auto-conhecimento pelo corpo e as actividades podem variar muito. As técnicas que particularmente utilizo são:

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Calatonia -Trata-se de uma técnica de relaxamento que pode possibilitar o emergir de imagens, tornando o indivíduo expectador de suas vivenciais internas.
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Técnicas Expressivas Coligadas ao Trabalho Corporal - Procedimentos em que se utilizam trabalhos corporais como uma transposição para a arte. Quando estamos centrados na escuta de nós mesmos podemos dar forma às emoções, materializar os sentimentos e dessa forma o corpo transforma-se em linguagem não-verbal. São propostos para isto actividades que variam entre modelagem em argila, pintura, desenho, expressão corporal, yoga, relaxamento, etc.
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Consciencialização e correcção postural (Método GDS) - O aspecto postural, gestual, sua forma ou suas deformações, as tensões, as dores, tudo isso faz do corpo um conjunto de fragmentações. Exercícios de consciencialização e correcção postural fazem parte do processo de reorganização e integração psicofísica.
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Dança - Actividade de expressão não-verbal que através da música e do movimento possibilita uma nova oportunidade de comunicação. Incluir a dança e o movimento na psicoterapia facilita a conexão entre o que sentimos e o que significamos. A dança proporciona novas oportunidades de desenvolvimento marcado pelo respeito pelo gesto e pelo movimento espontâneo que inspiram confiança no próprio modo de ser.

_: A calatonia é uma técnica de relaxamento que foi desenvolvida por Dr. Pethö Sandor, médico e psicólogo húngaro. Essa técnica começou a ser desenvolvida durante a Segunda Guerra Mundial nos acampamentos da Cruz Vermelha, com os feridos que tiveram membros amputados. Os toques que Dr.Sandor começou a aplicar como uma forma de relaxamento o levaram a perceber a correspondencia cortical da perna amputada com um membro são.
Posteriormente no Brasil, na década de de 1950, Dr. Sandor começou a pesquisar e estudar psicologia profunda. Foi a partir daí, que realmente desenvolveu a técnica conhecida hoje como calatonia, que seriam nove toques subtis nos pés, nas pernas e na cabeça.
_: O método de cadeias musculares e articulares G.D.S leva o nome de Godelieve Denys-Struyf, que foi sua iniciadora nos anos de 1960-70. Trata-se de um método de fisioterapia e abordagem comportamental, de prevenção, tratamento e manutenção, baseado na compreensão do terreno de predisposições.
A partir da noção de que corpo é linguagem, Godelieve dedicou-se as bases de compreensão psicocorporal dirigida a criança e ao adulto, no quadro de ginástica e da utilização corporal mais consciente e sobretudo mais adaptada a cada indivíduo.


Silvana Pedrazzi (silvanapedrazzi@gmail.com)) é psicoterapeuta e professora. Especializada em Integração Psicofísica pela PUC - S.P., realizou pós-graduações em arte-terapia e dança-terapia. Faz antendimentos individuais, realiza aulas regulares e workshops.

Grupo Terapêutico pela Arte

Em Janeiro inicia novo grupo terapêutico no consultório de Oeiras às sextas-feiras pelas 18:30.

O propósito destes grupos é o de trabalharmos o nosso mundo interno através da arte e pela partilha em grupo.

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo, esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e se não ousamos fazê-la, teremos ficado para sempre à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

Pela consciência do corpo, que também somos, vamos resgatar as histórias que, pelos mais variados motivos, se mantêm inconscientes em nós. Assim, pelo uso da arte, conseguiremos fazer as pazes com as nossas partes e com os outros para reintegrarmos corpo, mente, emoções e espírito. O propósito maior é o de vivermos uma vida feliz e nos permitirmos ser "homens completos", que ao contrário da tendência ocidental de perfeição, se preocupa menos com o que está bem e o que está mal, o que está certo e o que está errado, simplesmente é e está presente. Para mais informações contactar Mariana Ferreira 966758769

O Corpo Espontâneo, Introdução a Dynamic Theatre

Com Mariana Ferreira e Per Henriksson
Casa com Vida, Penafiel, 6 e 7 de Dezembro das 9:30 às 19:00

Dynamic Theatre é uma técnica da Psicologia Transpessoal que tem como base a expressão dramática. Através de teatro aplicado descobrimos a verdadeira importância do ambiente que nos rodeia e os reflexos deste no nosso potencial interno e relacional.

Não é necessário ter experiência em teatro, basta participar, quer seja como actor, ou espectador. Um dos participantes propõe uma história ou um momento da sua vida, e escolhe pessoas para representarem os vários papéis. Espontaneamente a sua história será recriada e ganhará coerência e forma artística, revelando, assim, a sua verdadeira natureza.

Através de um indivíduo, o grupo reaprende pela força conjunta, a confiar na sua intuição e espontaneidade e a permitir-se experimentar emoções fortes e, acima de tudo, a alcançar a essência, o coração da história.

A diferença entre Dynamic Theatre e outras técnicas expressivas, seja Psicodrama, Constelações Familiares ou outras formas de psicoterapia está no facto dos actores não terem conhecimento de quem ou o quê estão a representar. É a energia pura e espontaneidade da história que os guia a expressarem sensações corporais, emoções e imagens mentais dramatizadas sob profunda confiança na sua intuição. A beleza e poder desta experiência de grupo reside na premissa de que uma personagem não consegue agir de uma certa forma sem que essa capacidade exista na sua experiência consciente ou inconsciente, assim, a história de uma pessoa permite o enriquecer de um grupo.

O Corpo Espontâneo, 6 e 7 de Dezembro, 135€ com almoço e tea-breaks
Neste workshop introdutório a Dynamic Theatre vamos descobrir o potencial espontâneo do nosso corpo. Vamos, através de técnicas de arteterapia, sentir e perceber como está o nosso corpo nesta fase da nossa vida. Vamos sentir, com Dynamic Theatre, como as várias partes do nosso corpo se relacionam entre si e como se interrelacionam com os corpos dos outros. No fundo, vamos resgatar o caminho para a integridade do nosso ser. Contactar Rita Alves 919872983

Espontâneo
adj. 1 diz-se do que se realiza independentemente de uma causa externa, aparente; 2 que se faz voluntariamente, de moto-próprio; que não é forçado nem aconselhado; 3 BOTÂNICA designativo do vegetal que nasce e se desenvolve normalmente em determinado sítio, sem que o homem o tenha trazido para aí e lhe tenha dispensado cuidados. (in Dicionário da Língua Portuguesa 2006)