“Apenas dentro de nós existe essa realidade pela qual ansiamos. Não vos posso dar nada que não exista já dentro de vós. A única galeria de quadros que posso abrir diante de vós é a da vossa própria alma." Herman Hesse
Dynamic Theatre (DT) foi criado, em 2003, por Mark Wentworth como uma síntese única entre psicodrama, sociodrama, constelações familiares e shamanismo. Desde então, a técnica tem sido introduzida no palco do psicodrama, pela mão de vários psicodramaturgos, como o “auxiliar incógnito”. No entanto, Dynamic Theatre é um sistema e uma técnica que vive por si só, apesar de ser influenciada pelo trabalho de Jacob L. Moreno, por quem temos o maior respeito e que tem sido sempre uma inspiração para DT.
Raízes:
Um dos problemas em métodos activos é o perigo de projecções do ego do director e o medo de que os "egos auxiliares" apresentem conteúdos que perturbam o "protagonista", retirando alguma espontaneidade, que foi sempre um dos maiores objectivos de Moreno. Nascido de alguma frustração e tristeza sentidas devido a esta situação, experiências de grupo levaram ao aparecimento da pérola que é o Dynamic Theatre. Desde a sua primeira apresentação oficial em 2006 tem crescido em profundidade e força e foi apresentado em vários países europeus, nos E.U.A. e no Médio Oriente.
Foi introduzido como um método activo inovador para a comunidade - uma forma de restabelecer os nossos sentidos de pertença e proximidade. No shamanismo, quando uma pessoa adoeçe ou se encontra em desarmonia, toda a comunidade está doente. Sendo assim, todos se juntam para a cura dessa pessoa com o conhecimento de que toda a comunidade beneficiará dessa partilha. Segundo a Antropologia, as raízes da espiritualidade shamânica datam de há 40000 a 100000 anos.
O DT honra estas crenças ancestrais e reconhece que é no shamanismo onde encontramos a raiz de toda a dramaturgia e teatro. Por exemplo, os guerreiros nativo-americanos representavam as suas batalhas com toda a tribo para partilharem a sua história. Se um dos guerreiros tirasse uma vida a sua culpa seria partilhada pela comunidade através de dramatização e ele seria, durante a peça, acolhido pela comunidade ao invés de ser abandonado para que, sozinho, lidasse com os seus fantasmas da guerra.
O que é DT?
A principal diferença entre DT e Psicodrama é que todos os "egos auxiliares" são agidos de forma incógnita. Só o director e o “contador da história” conhecem a identidade dos "egos auxiliares". Acreditamos, assim, que o anonimato permite a revelação da verdadeira dinâmica escondida de qualquer situação e na sua forma mais pura, sem que haja interferência pessoal das pessoas que representam os papéis "auxiliares". Noutras palavras, o "ego auxiliar" está livre para representar um “papel” e isto permite que ele se exprima de forma espontânea e através dos seus recursos mais íntimos. Não há qualquer risco de ofensa para o "contador da história", ou de dizer algo errado, porque tudo é válido e possível.
Para quem nunca experimentou DT, pode achar o conceito – a possibilidade de comunicar a energia da mãe do "contador da história", de uma organização, de um cancro ou de um ancestral – bastante absurdo. No entanto, observar alguém tornar-se nesse elemento é verdadeiramente inspirador, sem que haja influência pela contenção do conhecimento e do controle.
Do ponto de vista sociodramático, expressar a energia de alguma coisa do nosso mundo pode ser de extrema importância para a nossa sociedade. Já vimos como um grupo, um sonho ou um medo podem revelar verdades novas e profundas para a sociedade envolvida. Podem permitir o início de processos de questionamento profundos e exploração das sombras da sociedade. Se soubéssemos de antemão a identidade dos "auxiliares" principais perderíamos as reacções sociais que não estão alinhadas com os nossos egos. Ou seja, não revelaríamos as nossas sombras internas, sombras de grupo ou da sociedade. No entanto, e esta é a maior verdade: “não teríamos acesso a estes níveis do Ser se não tivéssemos, desde sempre, uma ligação.”
DT oferece a técnica que nos permite ter acesso às sombras da comunidade. Revela que em todas as nações há feridas para sarar e que em cada coração existe a força para o fazermos.
Dynamic Theatre (DT) foi criado, em 2003, por Mark Wentworth como uma síntese única entre psicodrama, sociodrama, constelações familiares e shamanismo. Desde então, a técnica tem sido introduzida no palco do psicodrama, pela mão de vários psicodramaturgos, como o “auxiliar incógnito”. No entanto, Dynamic Theatre é um sistema e uma técnica que vive por si só, apesar de ser influenciada pelo trabalho de Jacob L. Moreno, por quem temos o maior respeito e que tem sido sempre uma inspiração para DT.
Raízes:
Um dos problemas em métodos activos é o perigo de projecções do ego do director e o medo de que os "egos auxiliares" apresentem conteúdos que perturbam o "protagonista", retirando alguma espontaneidade, que foi sempre um dos maiores objectivos de Moreno. Nascido de alguma frustração e tristeza sentidas devido a esta situação, experiências de grupo levaram ao aparecimento da pérola que é o Dynamic Theatre. Desde a sua primeira apresentação oficial em 2006 tem crescido em profundidade e força e foi apresentado em vários países europeus, nos E.U.A. e no Médio Oriente.
Foi introduzido como um método activo inovador para a comunidade - uma forma de restabelecer os nossos sentidos de pertença e proximidade. No shamanismo, quando uma pessoa adoeçe ou se encontra em desarmonia, toda a comunidade está doente. Sendo assim, todos se juntam para a cura dessa pessoa com o conhecimento de que toda a comunidade beneficiará dessa partilha. Segundo a Antropologia, as raízes da espiritualidade shamânica datam de há 40000 a 100000 anos.
O DT honra estas crenças ancestrais e reconhece que é no shamanismo onde encontramos a raiz de toda a dramaturgia e teatro. Por exemplo, os guerreiros nativo-americanos representavam as suas batalhas com toda a tribo para partilharem a sua história. Se um dos guerreiros tirasse uma vida a sua culpa seria partilhada pela comunidade através de dramatização e ele seria, durante a peça, acolhido pela comunidade ao invés de ser abandonado para que, sozinho, lidasse com os seus fantasmas da guerra.
O que é DT?
A principal diferença entre DT e Psicodrama é que todos os "egos auxiliares" são agidos de forma incógnita. Só o director e o “contador da história” conhecem a identidade dos "egos auxiliares". Acreditamos, assim, que o anonimato permite a revelação da verdadeira dinâmica escondida de qualquer situação e na sua forma mais pura, sem que haja interferência pessoal das pessoas que representam os papéis "auxiliares". Noutras palavras, o "ego auxiliar" está livre para representar um “papel” e isto permite que ele se exprima de forma espontânea e através dos seus recursos mais íntimos. Não há qualquer risco de ofensa para o "contador da história", ou de dizer algo errado, porque tudo é válido e possível.
Para quem nunca experimentou DT, pode achar o conceito – a possibilidade de comunicar a energia da mãe do "contador da história", de uma organização, de um cancro ou de um ancestral – bastante absurdo. No entanto, observar alguém tornar-se nesse elemento é verdadeiramente inspirador, sem que haja influência pela contenção do conhecimento e do controle.
Do ponto de vista sociodramático, expressar a energia de alguma coisa do nosso mundo pode ser de extrema importância para a nossa sociedade. Já vimos como um grupo, um sonho ou um medo podem revelar verdades novas e profundas para a sociedade envolvida. Podem permitir o início de processos de questionamento profundos e exploração das sombras da sociedade. Se soubéssemos de antemão a identidade dos "auxiliares" principais perderíamos as reacções sociais que não estão alinhadas com os nossos egos. Ou seja, não revelaríamos as nossas sombras internas, sombras de grupo ou da sociedade. No entanto, e esta é a maior verdade: “não teríamos acesso a estes níveis do Ser se não tivéssemos, desde sempre, uma ligação.”
DT oferece a técnica que nos permite ter acesso às sombras da comunidade. Revela que em todas as nações há feridas para sarar e que em cada coração existe a força para o fazermos.
1 comentário:
Agradeço do fundo do coração a ti, querida Mari, por ter me mostrado essa nova técnica fabulosa e completamente arrebatadora. É pura energia e nós traz a CONSCIÊNCIA do que temos de trabalhar para haver as tais alteraçoes. O mais fantastico dessa técnica inovadora é que após o DT as coisas se encaixam e resolvem por si só, desde que aceitemos a VERDADE que sempre nos assusta no primeiro impacto!!!!!
Parabêns pelo lindo trabalho, ctg sempre!
Re
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